FESTA DA REFORMA AGRÁRIA: 22 Anos de Lutas e Conquistas do Assentamento 8 de Junho no Paraná

Entre abertura, almoço e matinê passaram pela festa aproximadamente duas mil pessoas que comemoraram com as famílias esse dia tão especial.

Por Jaine Amorin

No último domingo (09/06), reunindo aproximadamente duas mil pessoas, o Assentamento Oito de Junho, localizado no município de Laranjeiras do Sul, região centro do estado do Paraná, comemorou seu 22º aniversário com a já tradicional e grandiosa festa da reforma agrária.

Mística de abertura/ Foto: Jaine Amorin

Com o objetivo da partilha e de confraternizar a resistência da luta pela terra, a comemoração ocorre todos os anos no domingo mais próximo ao dia 8 de Junho. Na programação, no mesmo molde dos anos anteriores, iniciou com uma mística que retrata um pouco da história do assentamento relacionada a conjuntura atual, esse ano foi abordado questões ambientais e a importância que a reforma agrária tem para a construção de um Brasil mais sustentável.

“É uma importante celebração para a vida em comunidade. Tem uma grande participação das famílias nos preparativos da festa, tanto nas doações, como nos serviços”, afirma Ivo Amorin, da coordenação do assentamento.

Em seguida, foi realizado o ato político social que teve a presença de Darci da Silva, da coordenação do assentamento, Elemar Cezimbra, representando a Via Campesina, o vice-reitor Antonio Andrioli representando a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Deputado Estadual Professor Lemos (PT).

Almoço servido gratuitamente para cerca de 1200 pessoas/ Foto: Jaine Amorin

Almoço servido gratuitamente/ Foto: Jaine Amorin

Após o ato, foi servido para cerca de 1200 pessoas o almoço feito e doado pelas famílias do assentamento. O cardápio contou com 670kg de carne de gado, porco e frango, além de arroz, mandioca, batata, saladas de tomate, chuchu e repolho, e panificados. Animação da tarde foi com a banda Mil e Uma Noites.

Amorin ainda ressalta a importância da integração entre campo e cidade e a participação de outras comunidades e assentamentos.

“Essa integração nossa com a cidade demonstra que a reforma agrária dá certo. É muito importante para nós do assentamento poder celebrar junto com pessoas de diversos ramos  sociais, que participam porque gostam do nosso assentamento, é um motivo de muita alegria a participação das famílias da cidade, de comunidades vizinhas e de outros assentamentos”, disse o assentado.

22 Anos de lutas e conquistas

O assentamento teve origem do acampamento montado às margens da BR 158, no dia 8 de Junho de 1997, com 17 famílias organizadas pelo MST com objetivo de ocupar a fazenda Rio Leão. Em pouco tempo o espaço passou a contar com cerca de 240 famílias, e ocupou a fazenda em janeiro de 1998.

As famílias resistiram aos dias ensolarados de verão e durante os rigorosos invernos embaixo da lona preta até a conquista definitiva da área no ano de 2001, onde começaram a construir seus lares em terras que puderam passar a dizer que eram suas.

O assentamento foi formado com 74 lotes até o ano de 2009, quando três lotes foram cedidos para a instalação de um dos campus da UFFS, uma grande conquista dos movimentos sociais da região Sul do Brasil, sendo o primeiro campus de Universidade Federal dentro de um assentamento de reforma agrária.

Após essa conquista o assentamento passou a ter 71 lotes e atualmente com mais de 100 famílias, contando filhas e filhos de assentados que formaram famílias e hoje moram no lote com os pais.

Durante esses anos várias estruturas foram formadas no assentamento, como a cooperativa de panificados, COPERJUNHO, que fornece alimentos para as escolas municipais e estaduais da cidade de Laranjeiras do Sul, barracão de festa, ginásio esportivo, campo de futebol, e está em construção a escola municipal do campo e o laticínio regional que irá agregar valor ao leite produzido nas áreas de assentamentos da região.

Além das conquistas estruturais que se formaram ao longo desses anos, o assentamento comemora muito mais do que uma área reformada, comemora a reforma agrária popular, que não apenas divide uma terra, que também cria condições de vida, como moradia, trabalho, cultura e lazer, em uma comunidade que vive realmente em comunidade, buscando sempre o bem comum.

Ornametação/ Foto: Jaine Amorin

Movimentos camponeses ocupam espaços da UFFS com o debate da Reforma Agrária

MST e UFFS inauguram a realização da sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária – JURA.

Por Jaine Amorin

Nos dias 20 e 21/03, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, realizaram a sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), no campus de Laranjeiras do Sul/PR.

Fotos: Jaine Amorin e Juliana Bavuzo

É necessário que os movimentos sociais camponeses ocupem os espaços nas universidades. Com esse objetivo foi criada as JURA’s, hoje realizadas em todas as regiões do Brasil, debatendo a Reforma Agrária no meio acadêmico e apresentando o que vem sendo construído pelos movimentos do campo.

O professor doutor Bernardo Mançano Fernandes, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), explica um pouco sobre o objetivo das Jornadas: “É tentar levar para dentro da academia aquilo que os movimentos camponeses, socioterritoriais, como o MST, Via Campesina, e outros, estão fazendo, estão construindo (…). Nessa construção nós temos atividades culturais, nós temos debates sobre os conflitos e disputas territoriais, feiras agroecológicas”.

 

Mançano conta que existem vários projetos sendo desenvolvidos, mas ressalta que muitas questões ainda não foram respondidas. “Temos um conjuntos de demandas de projetos de pesquisa que estão em desenvolvimento, mas ainda temos uma série de questões não respondidas”. Através das questões não respondidas se dá a contrapartida da universidade para os espaços de Reforma Agrária. “Nós também aproximamos os acadêmicos desses territórios, no sentido de que esses acadêmicos possam se interessar pelas pesquisas”, completa.

Com o objetivo de atender as demandas da Região de Fronteira Sul do Brasil, a UFFS é resultado da luta dos movimentos sociais camponeses, junto a sindicatos e demais movimentos, pela interiorização das universidades. Nessa luta destaca-se esse campus, construído dentro de um território de Reforma agrária, sendo único campus de universidade Federal localizado em um assentamento que leva o nome de 8 de Junho, organizado pelo MST.

Programação

Fotos: Jaine Amorin e Juliana Bavuzo

A 6ª JURA iniciou na noite do dia 20/03, com a presença do professor Bernardo Mançano Fernandes, que trabalhou o tema “As territorialidades da Reforma Agrária”. Na manhã do dia 21/03, Mançano deu sequência na sua participação com a plenária “O MST e o Território da Reforma Agrária na Região Centro do Paraná”, que contou com a participação dos membros do MST Jaqueline Baim, Juliana Cristina, Jaine Amorin e Luis Carlos Costa, que explanaram sobre a organicidade do MST a partir dos setores e coletivos organizados na região.

Evento contou com a exposição e comercialização de diversos produtos da reforma agrária, alimentos in natura, processados, panificados e artesanatos.

Também foi marcado pela presença do Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB, Movimentos do Pequenos Agricultores – MPA e Indígenas.

Unidade Pedagógica do CEAGRO recebe certificação orgânica

Por Leonardo Xavier

Foto: Arquivos Ceagro

Unidade Pedagógica do Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (CEAGRO),  situada no assentamento Ireno Alves, em Rio Bonito do Iguaçu-PR. Unidade conhecida como “Vila Velha”, nome que é dado devido ao fato de situar a antiga cidade onde moravam os trabalhadores que construíram a usina hidrelétrica Salto Santiago.

O espaço da Unidade de Formação está hoje cercado pela Reserva Legal do Assentamento Ireno Alves e está muito próximo ao alagado formado pela usina. Uma área onde se tem um contato próximo com a natureza e a biodiversidade local, sendo portanto um lugar privilegiado para realizar a produção de alimentos saudáveis, baseando-se nos princípios da Agroecologia.

No dia 28 de fevereiro de 2019, a Unidade recebeu a visita dos conselheiros de ética do núcleo Luta Camponesa, ligado à Rede Ecovida de Agroecologia, que realiza a certificação orgânica através do Sistema Participativo de Garantia (SPG). O objetivo é aplicar e aprimorar técnicas de produção que estejam em sintonia com a natureza e com a saúde das pessoas que frequentam a unidade, disponibilizando alimentos orgânicos para estudantes, professores e visitantes.

SEMINÁRIO DE PRODUÇÃO DO PDA É REALIZADO NOS ACAMPAMENTOS EM QUEDAS DO IGUAÇU/PR

Por Luis C. Costa

Na ultima quinta (27/09), o CEAGRO promoveu o Seminário: “Planejando a produção do nosso assentamento”, realizado no acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu. As famílias do acampamento Vilmar Bordin também participaram. O evento faz parte das ações desenvolvidas no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA) que está sendo realizado nas duas áreas.

Com a colaboração de Adalberto Martins, membro do MST do Rio Grande do Sul e doutor em Geografia Agrária, a atividade promoveu o debate sobre a organização da produção e a importância do planejamento dos lotes e do assentamento como um todo, considerando aspectos como a diversificação das culturas, a cooperação para a produção, agroindustrialização e comercialização, dentre outros. O debate foi subsidiado pela apresentação dos resultados do diagnóstico feito com todas as famílias acampadas, que trouxe uma caracterização do contexto produtivo, como os principais cultivos de interesse das famílias, as necessidades de capacitação técnica e experiência na agricultura.

Dentre os dados que chamaram a atenção estão a grande diversidade de cultivos pretendidos, a preferência das famílias pela produção orgânica e agroecológica e a preocupação com o autoconsumo.O seminário deu início à terceira fase do PDA, onde serão realizados seminários temáticos para debater as questões levantadas na fase de diagnóstico. Dentre os temas dos seminários estão infraestrutura, educação, saúde, gênero, juventude, história e memória.

O PDA, que teve início em junho desde ano, é autogestionado pelas famílias acampadas com assessoria do CEAGRO e visa construir de forma participativa um plano detalhado abordando os aspectos sociais, econômicos e ambientais do futuro assentamento, desde o formato e divisão dos lotes até a projeção de demanda e localização das escolas, aparelhos comunitários e instrumentos de comercialização da produção, dentre outros.

Edição Jaine Amorin

ESPECIALIZAÇÃO EM REALIDADE BRASILEIRA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

Por Mirian Kunrath
Foto: Thiarles França

Passados quase seis meses da primeira etapa, os acadêmicos e acadêmicas da Especialização em Realidade Brasileira retornaram para a segunda etapa de formação, que ocorreu entre os dias 16 a 25 de Julho, no CEAGRO – Vila Velha, município de Rio Bonito do Iguaçu/PR.

A turma é composta por Acadêmicos oriundos de diversas regiões do Estado do Paraná e de Santa Catarina, em sua maioria pessoas ligadas a organizações sociais como APP- Sindicato, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, além de acadêmicos sem vínculos orgânico social. O curso tem como objetivo compreender a realidade brasileira com base nos clássicos brasileiros, com abordagem nas diversas áreas e perspectivas.

Durante esta segunda etapa os autores estudados foram Milton Santos, compreendendo os conceitos de Espaço e Território, Gilberto Freire, Sergio Buarque de Holanda e Darci Ribeiro, para compreender a formação do povo brasileiro, e Guilherme Delgado, com o conceito de Agronegócio. Além dos autores estudados, a turma contou com aulas ministradas por Carlos Frederico Marés de Souza Filho, que trabalhou conceitos relacionados ao Direito Agrário.

Para entender mais sobre a realidade e compreende-la, a turma saiu das atividades teóricas e contou com experiências práticas dentre as quais se destacam uma caminhada para conhecer a Vila Velha e um pouco da sua história, e a Visita aos Acampamentos Herdeiros da Terra de 1º de Maio em Rio Bonito do Iguaçu e Dom Tomás Balduíno em Quedas do Iguaçu, ambos organizados pelo MST.

Edição Jaine Amorin

 

Festa no acampamento Dom Tomás Balduíno comemora 3 anos de resistência no Paraná

Organizado pelos moradores do acampamento em um ano de trabalho, atividade é a maior do MST neste ano

Frédi Vasconcelos | Brasil de Fato | Quedas do Iguaçu (PR)
Em solidariedade ao Lula, preso político, moradores e visitantes do acampamento colocaram máscara em manifestação de apoio ao companheiro - Créditos: Laís Melo

Em solidariedade ao Lula, preso político, moradores e visitantes do acampamento colocaram máscara em manifestação de apoio ao companheiro / Laís Melo

No sábado (07), o acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu-PR, teve a maior comemoração do ano realizada por militantes do MST. Num local que é símbolo de resistência, moradores se auto-organizaram por mais de um ano para fazer um evento para cerca de 10 mil pessoas, comemorando os três anos de existência do acampamento no território. Mística, ato político, apresentações culturais e um grande almoço foram oferecidos. Cada uma das 600 famílias que vivem lá contribuiu, nesse período, com 10 quilos de carne, complementadas por outras doações. Em cada uma das oito cozinhas organizadas, todas com o nome de uma personalidade, como Marielle Franco, Tchê Guevera, Comandante Chávez etc., trabalharam cerca de 100 pessoas.

Foto: Giorgia Prates

O ato político e festivo contou com a participação de políticos, como os senadores Gleisi Hoffmann (PT), Roberto Requião (MDB), lideranças do MST, representantes da igreja católica, de universidades, entre outras.

Na abertura, o Frei José Fernandes, que conviveu com Dom Tomás Balduíno até seus últimos dias, lembrou que ele era um homem de grandes articulações e de pequenos atos, como defender os sem-terra, os indígenas, lutar contra o latifúndio, ao mesmo tempo que cuidava do jardim da casa em que moravam. Pedindo o coro de todos presentes, Frei José repetiu uma frase de Dom Tomás: “Direitos humanos não se pedem de joelhos, exigem-se de pé”.

O professor da PUC-PR e ex-procurador geral do Estado, Carlos Frederico Marés, lembrou que nessa região do Paraná a luta pela terra é uma questão centenária. “Aqueles que entregaram títulos falsos tentam nos fazer esquecer essa luta. Aqui já cultivamos nossos mártires, adubo que nos faz levantar cada vez mais. A terra pertence a todos e só quando todos usam ela faz sentido para a sociedade”.

O senador Requião, depois de afirmar que o assentamento é exemplo por sua organização e resistência, também lembrou que as terras onde está pertenciam à União e foram griladas pela família Giacometti, revendida à companhia Araupel e agora ocupada pelo MST. “A Araupel, quando comprou essa terra, sabia que era roubada. E quem compra mercadoria roubada perde sem receber nada. Onde houver terra desocupada e improdutiva, só se aceita título de propriedade assinado por Deus e com firma reconhecida. Terra improdutiva tem de ser ocupada”.

Já a senadora Gleisi Hoffmann lembrou que há pouco tempo estave numa praça de Quedas do Iguaçu em ato pela morte de dois acampados assassinados. “Leonir e Vilmar são companheiros que tombaram, mas enfrentaram a Araupel, mostrando que a reforma agrária é possível e necessária”, disse. E lembrou que o Brasil passa por um momento decisivo, que é a eleição de outubro deste ano: “Será determinante para enfrentar os problemas brasileiros, como a fome que está voltando e a falta de políticas públicas para o campo e a cidade. A única opção é fazer com que Lula possa ser candidato e governar de novo o Brasil. Não prenderam porque ele cometeu crime, mas porque representa o povo brasileiro, a esperança. Se deixar solto, ganha a eleição e desmonta o que eles fizeram”, concluiu. No que foi complementada pelo senador Requião. “Assino embaixo do que Gleisi disse. Lula não está preso. É um ex-presidente nacionalista e popular sequestrado pelos interesses geopolíticos de outros países. Continuidade e resistência vão libertar Lula de seu sequestro.”

Já João Pedro Stédile, do MST, disse que depois das últimas vitórias na Justiça o acampamento já pode trocar as placas da entrada por Assentamento Dom Tomás Balduíno. E lembrou a visita que fez ao ex-presidente Lula na última quinta-feira. “Na situação em que ele está a gente fica constrangido, não sabe se abraça ou chora, mas o homem (Lula) está com tanta energia de entrar em campo, que já começa a puxar assunto sobre política. Ficou falando uma hora e eu só anotando. Disse a ele que vinha nessa atividade e ele pediu para dizer para cada militante do MST que na batalha contra golpistas os primeiros companheiros nessa luta são do MST, a quem deve eterna gratidão. E, quando voltar, não vai brincar de reforma agrária. Vai fazer reforma agrária de verdade, doa a quem doer”, relatou Stédile.

Edição Jaine Amorin
Ceagro participou da festa e assessorou através do Projeto "Direitos Humanos: das Violações a conquista da Reforma Agrária" apoiado pelo 

17ª Jornada de Agroecologia | Curitiba-PR

PROGRAMAÇÃO GERAL

:: 6 de junho, quarta-feira ::

9h – Recepção e orientação das caravanas
Credenciamento (local a confirmar).

14h – Abertura do Túnel do Tempo: A história da agricultura, a luta pela terra e a construção do Projeto Popular para o Brasil
Com participação de Escolas e Colégios do Campo do Paraná.

Local: Pátio da Reitoria da UFPR, Rua XV de Novembro, 1299, Centro.

16h – Abertura da Feira da Reforma Agrária, da Agricultura Familiar e da Economia Solidária
16h – Abertura da Culinária da Terra
Horário de funcionamento: no dia 6, o encerramento das duas atividades será às 20h, e de 7 a 9 o horário de funcionamento será das 8h às 20h. 
Local: Praça Santos Andrade. 

19h – Ato Político e Cultural de Abertura da 17ª Jornada de Agroecologia
Mística de Abertura
Conferência: Os desafios atuais da humanidade e o cuidado com a casa comum
Com Leonardo Boff, teólogo.
Apresentação artística: Letícia Sabatella e Trupe dos Encantados.
Lançamento do Livro: “Brasil, Concluir a refundação ou prolongar a dependência” de Leonardo Boff, publicado pela editora Vozes, em 2018.

Local: Teatro Guaíra, Rua XV de Novembro, 971, Centro.

 

:: 7 de junho, quinta-feira ::

9h às 12h – Seminários Temáticos: As políticas públicas para a construção do projeto popular e soberano para a agricultura
Palestrantes:
– Leonardo Melgarejo, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN) e coordenador do Grupo de Trabalho sobre Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).
– Cláudia Schmditt, professora do Curso de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
– Armelindo Rosa da Maia, dirigente das Cooperativas da Reforma Agrária do Paraná
Coordenação: Alfio Brandemburg, do Centro de Estudos Rurais e Ambientais do Paraná (CERU) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Ceres Hadich, agrônoma e coordenação estadual do Movimento dos Agricultores Rurais Sem Terra (MST).
Realização: CERU, Departamento de Economia Rural e Extensão da UFPR e MST.

Local: Teatro da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299 – Centro.

9h às 12h – Educação do Campo e Agroecologia na construção da emancipação
Palestrante: Representante da Articulação Paranaense pela da Educação do Campo.
Coordenação: Sônia Scwendler, integrante da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo e professora da UFPR; Valter Leite, graduado em Pedagogia da Terra e mestre em Educação e integrante do Setor de Educação do MST.
Realização: UFPR Litoral, Departamento de Educação da UFPR; e MST.

Local: Anfiteatro 100 da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299.

9h às 17h – Intercâmbios com oficinas agroecológicas
Programação específica a seguir.

14h às 16h – Seminário: Consequências dos Agrotóxicos à Saúde Humana e à Natureza
Palestrantes:
– Larissa Bombardi, professora doutora no Departamento de Geografia e no Programa de Pós Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo (USP).
– Leonardo Melgarejo, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN) e coordenador do Grupo de Trabalho sobre Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).
Coordenação: Paulo Perna, do NESC-UFPR, e Naiara Bitencourt, da Terra de Direitos.
Realização: NESC/Observatório Agrotóxicos-UFPR; Departamento Nutrição e do Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição; Enconttra; Campanha contra os Agrotóxicos e Pela Vida; e ABA.

Local: Teatro da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299, Centro.

14h às 16h – Soberania Alimentar e o protagonismos das mulheres na construção da Agroecologia
Coordenação: Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Setor de Ciências Agrárias da UFPR; Centro de Estudos Rurais e Ambientais do Paraná (CERU); projeto de extensão EKOA: Direito Ambiental para tod@s; e Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra – ENCONTTRA.
Realização: Enconttra; Ekoa; Setores de Educação e de Nutrição da UFPR; CERU; e MST.

Local: Anfiteatro 100 da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299, Centro.

18h – Conferência: O golpe na democracia e nos direitos: o judiciário na criminalização da política e das lutas sociais
Palestrantes:
– Vera Karam de Chueiri, professora de Direito Constitucional e diretora da Faculdade de Direito da UFPR.
– Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos e vice-presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
– Diorlei Santos, advogado das Cooperativas do MST e mestre em Direito Cooperativo pela UFPR.
Coordenação: Katya Isaguirre Torres, professora de Direito Ambiental da UFPR.
Realização: Terra de Direitos e projeto de extensão EKOA: Direito Ambiental para tod@s.

Local: Teatro da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299 – Centro.

20h – Show com Ana Canãs

Local: Praça Santos Andrade.

9h às 17h – Intercâmbios com oficinas agroecológicas
(Programação a seguir).

:: 8 de junho, sexta-feira ::

8h30 às 12h – Plenária Estadual dos Comitês Populares pela Democracia
Conferência: Projeto para o Brasil e a construção da hegemonia popular
Palestrante: Neuri Rosseto, integrante da coordenação nacional do MST.

Local: Teatro da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299, Centro.

9h – Seminário de Articulação das Redes de Economia Solidária Campo e Cidade
Realização: Tecsol – Incubadora de Economia Solidária da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria) e empreendimentos/redes de Economia Solidária.

Local: Auditório da UTFPR, rua Sete de Setembro, 3165, Rebouças.

8h45 às 12h45 – Oficina: Saúde da Trabalhadora e Trabalhador do Campo
Realização: Carlos Minayo e Jorge Mesquita, da FIOCRUZ; Elver Moronte, Nanci Ferreira Pinto, Paulo de Oliveira Perna e Silvia Albertini, do Observatório do Uso de Agrotóxicos e Consequências para a Saúde Humana e Ambiental do Paraná – NESC/UFPR; e Coletivo de Saúde do MST.

Local: Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Rua Marechal Deodoro, 630 – 22º andar, Conj. 2201 – Centro Comercial Itália (para acessar o local, é preciso apresentar um documento de identidade).

13h30 – Seminário: Campo e cidade: caminhos na construção de uma cultura política emancipadora
Palestrantes:
– Juliana Bonassa, coordenadora do Coletivo Nacional de Cultural do MST e mestra em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Desenvolvimento Cultural Comunitário na Universidad de Oriente de Cuba.
– Bella Gonçalves, assessora em co-vereança da Gabinetona das vereadoras Áurea Carolina e Cida Falabella (PSOL), integrante das Brigadas Populares, doutoranda em Pós Colonialismos e Cidadania Global pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) e em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Realização: UFPR Litoral e MST.

Local: Teatro da Reitoria, Rua XV de Novembro, 1299 – Centro

14h às 16h – Apresentações Culturais na Praça Santos Andrade


:: 9 de junho, sábado ::

10h – Conferência: A arte, a ciência e a cultura da luta na construção do projeto popular para o Brasil
Palestrantes:
– Patrícia Jaime, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Núcleo de Pesquisa Epidemiológica em Nutrição e Saúde (NUPENS).
– Pastora Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil.
– João Pedro Stédile, integrante da coordenação nacional do MST e da Frente Brasil Popular.

Local: Palco da Terra, Praça Santos Andrade. 

12h30 – Roseane Santos, cantora reconhecida pelos trabalhos com samba e música brasileira, vai interpretar Clementina de Jesus.

14h – Mulamba, banda curitibana que vão do rock à música erudita, com vocais femininos de peso e som com instrumentos de cordas e percussão.

15h30 – Viola Quebrada, grupo curitibano inspirado na riqueza da música caipira e da vida no campo.

17h – Show com Otto, cantor, compositor e percussionista pernambucano.

18h – Bateria da Escola de Samba Paraíso da Tuiuti, do Rio de Janeiro.

Local: Todos os shows serão no Palco da Terra


PROGRAMAÇÃO CULTURAL

As atividades são no Palco da Terra (em frente à escadaria do Prédio Histórico da UFPR) e no Chão de Estrelas (em meio à Feira Agroecológica).

:: 6 de junho, quarta-feira ::

16h – Filhos da Terra, apresentação musical das crianças integrantes do projetos da Abai – Fundação Vida para Todos.
Local: Palco da Terra

18h – Espetáculo “Aconteceu no Brasil, enquanto o ônibus não vem”, com o Arte da Comédia.
Local: Chão de Estrelas

19h – Fandango Caiçara, bailado e batido, com o grupo Mandiquera da Ilha de Valadares.
Local: Palco da Terra

:: 7 de junho, quinta-feira ::

10h – Nação Guarani, grupo de rap composto por indígenas guarani.
Local: Palco da Terra

12h – Brigada de AgitProp (Agitação e Propaganda) do Coletivo de Juventude do MST.
Local: Chão de Estrelas

13h – Cantadeiras, mulheres do MST com repertório de músicas latino-americana e popular brasileira; e intervenção do Coletivo LGBT do MST
Local: Palco da Terra

15h – Teatro de Mamulengo, o teatro de bonecos popular no Brasil.
Local: Chão de Estrelas

16h – Baquetá, com o espetáculo Baquetinhá, musical totalmente interativo. Com jogos de mãos, teatro de bonecos e percussão corporal, o público é convidado a participar durante toda a apresentação.
Local: Palco da Terra

18h – Parabolé, com o espetáculo Le Pifolé, sobre a paixão do menino Lê por seu instrumento feito à mão, o pífano. Parlendas e diálogos rimados anunciam a entrada de personagens populares que dançam interagindo com o público.
Local:  Chão de Estrelas

19h – Forró de Rabeca, temas autorais, instrumentais e canções com texturas urbanas e recursos tecnológicos.
Local: Palco da Terra

20h30 – Ana Canãs, cantora e compositora de São Paulo.
Local: Palco da Terra

:: 8 de junho, sexta-feira ::

10h – Mãe Terra, apresentação musical de integrantes do projetos da Abai – Fundação Vida para Todos.
Local: Palco da Terra

12h – Trupe dos Encantados, de artistas do MST.
Local:  Chão de Estrelas

13h – Orquestra Latino Americana da Unespar, formada por alunos, professores, egressos e músicos da comunidade, interessados em conhecer, praticar e divulgar canções da América do Sul, da América Central e do Caribe.
Local: Palco da Terra

15h – Teatro Lambe-Lambe, formado por um palco em miniatura confinado em uma caixa preta de dimensões reduzidas, com apresentações para um espectador por vez. Vão se apresentar:
– Caixa “Emiliano”, da Tato Criação Cênica;
– Caixa “Na Varanda”, da Trágica Cia de Arte;
– Caixa “Quarto de Bebê”, da Trágica Cia de Arte;
– Caixa “Muquifo”, da Carol Scabora;
– Caixa “A bailarina e o palhaço”, da Cia Lumare;
– Caixa “Quintal que tal”, da Tato Criação Cênica.
Local: Chão de Estrelas

16h – Coletivo Dunyaben, dança e percussão tradicional da cultura do oeste africano e fusão entre toques tradicionais e elementos da world music contemporânea.
Local: Palco da Terra

18h – Estudo de Cena apresenta “A Farsa: ensaio sobre a verdade”, narra a trajetória do grupo em sua pesquisa sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás.
Local:  Chão de Estrelas

19h – Alohabana, grupo de música “guajira” latino-americana (son montuno, guaracha, rumbas,son cubano, tumbao, boleros e cha-cha-chas) formado em Curitiba/PR.
Local: Palco da Terra

 

:: 9 de junho, sábado :: 

12h30 – Roseane Santos, cantora reconhecida pelos trabalhos com samba e música brasileira, vai interpretar Clementina de Jesus.

14h – Mulamba, banda curitibana que vão do rock à música erudita, com vocais femininos de peso e som com instrumentos de cordas e percussão.

15h30 – Viola Quebrada, grupo curitibano inspirado na riqueza da música caipira e da vida no campo.

17h – Show com Otto, cantor, compositor e percussionista pernambucano.

18h – Bateria da Escola de Samba Paraíso da Tuiuti, do Rio de Janeiro.

Local: Todos os shows serão no Palco da Terra

Curitiba recebe um dos maiores eventos de agroecologia do Brasil

17ª Jornada de Agroecologia será de 6 a 9 de junho, no Centro da capital paranaense.

Foto: Leandro Taques 

O Centro de Curitiba vai receber, entre 6 e 9 de junho, a 17ª edição da Jornada de Agroecologia, um dos maiores eventos dedicados à agroecologia do Brasil. Criado em 2002, o evento tem caráter itinerante e chega pela primeira vez na capital do estado.

Ao longo dos quatro dias, a população da capital e da Região Metropolitana poderá consumir alimentos agroecológicos que estarão à venda em uma feira na praça Santos Andrade. A estimativa dos organizadores é reunir cerca de 60 expositores. Junto à feira, haverá espaço para a “Culinária da Terra”, com barracas de pratos típicos da região sul do Brasil.

Foto: Eduardo Vernizi

A conferência de abertura será no teatro Guaíra, com presença confirmada do teólogo Leonardo Boff e da artista Letícia Sabatella. Dezenas de seminários, oficinas, shows e atividades culturais também estão garantidas na programação, previstas para ocorrer na Reitoria e no Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O Pátio da Reitoria vai receber o “Túnel do tempo“, em que estudantes do ensino fundamental e médio, vindos de assentamentos e acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vão apresentar a história da agricultura, até chegar ao momento atual e à agroecologia.

A Jornada é organizada por mais de 40 movimentos e entidades do Paraná, entre movimentos do campo, universidades e centros de formação. Entre eles está o MST, as universidades Federal e Tecnológica do Paraná (UFPR e UTFPR), além de entidades como a organização Terra de Direitos e o Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria).

 

Agricultura familiar, assentados e acampados da reforma agrária, comunidades quilombola e coletivos de economia solidária estarão presentes na Jornada. “São estas experiências que apontam para uma proposta de agricultura diferente, desde o ponto de vista da economia e de uma produção sustentável, até a educação e a cultura“, garante o dirigente estadual do MST, Roberto Baggio.

Para Baggio, esta edição ganha caráter histórico por ser realizada pela primeira vez em Curitiba, em uma parceria com universidades que pulsam a produção científica no estado. “Estaremos no centro da ciência e da capital que, junto com a Região Metropolitana, reúne cerca de 4 milhões de habitantes. Nossa intenção é apresentar a agroecologia para a sociedade como um todo, e também aprofundar o debate nos diversos ramos de pesquisa científica“.

A parceria com as instituições ocorre pela participação de professores e estudantes dos setores de Agronomia, Medicina, Nutrição, Psicologia, Enfermagem, Geografia, Filosofia, Sociologia e Pedagogia.

 

Foto: Riquieli Capitani
O que é agroecologia?

A agroecologia é um tipo de agricultura que tem como princípios a humanização e o caráter popular, por ser mais acessível e respeitar o conhecimento tradicional, agregando outros conceitos e tecnologias, conforme explica Ceres Hadich, integrante da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“É mais do que substituição de insumo ou de técnica, é parte de uma postura perante a vida. Para além da produção de alimentos saudáveis, queremos produzir outra forma de vida”, afirma. E reforça o aspecto do respeito à natureza, aos recursos naturais e aos seres humanos, com o olhar para as gerações atuais e futuras.

De acordo com Ceres Hadich, as Jornadas são “grandes escolas populares” para agricultores e para a sociedade em geral, com o objetivo de multiplicar a agroecologia como modelo alternativo à monocultura e ao uso de agrotóxicos.

Alto uso de veneno

A contaminação dos alimentos por agrotóxicos é uma realidade confirmada por um Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), divulgado em 2015. Segundo a pesquisa, 70% dos alimentos in natura consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos, e 28% desses alimentos contém substâncias não autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os impactos do consumo cotidiano de alimentos contaminados ainda não são mensurados de maneira completa, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os agrotóxicos causam 70 mil intoxicações agudas e crônicas por ano.

O Paraná é conhecido como estado forte no agronegócio, fato que o coloca na posição de terceiro maior consumidor de agrotóxicos do país. A cada ano, cerca de 96,1 milhões de quilos de agrotóxicos são utilizados no estado, de acordo com dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), de 2013. De todo o estado, a região de Cascavel é a que mais consome veneno na agricultura.

Serviço:

17ª Jornada de Agroecologia

Data: de 6 a 9 de junho

Local: Reitoria e Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Praça Santos Andrade, no Centro da capital.

Mais informações: www.jornadaagroecologia.com.br | facebook.com/jornadade.agroecologia

Programação

Fotos Mulheres/Gênero

Fotos: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

6° Encontro do 8 de Março

6° Encontro Regional de Mulheres

6° Encontro Regional de Mulheres

6° Encontro Regional de Mulheres

6° Encontro Regional de Mulheres

7° Encontro Regional de Mulheres

7° Encontro Regional de Mulheres

8° Encontro Regional de Mulheres

8° Encontro Regional de Mulheres

 

8° Encontro Regional de Mulheres

8° Encontro Regional de Mulheres

8° Encontro Regional de Mulheres

8° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

 

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

10° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

12° Encontro Regional de Mulheres

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Ciranda Infantil

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Escola de Mulheres

Oficinas

Oficinas

Oficinas

Oficinas

Oficinas

Oficinas

Oficinas