18ª JORNADA DE AGROECOLOGIA CONQUISTA DIÁLOGO ENTRE CAMPO E CIDADE

Feira que ocorreu ao longo do evento comercializou aproximadamente 15 toneladas de produtos agroecológicos.

Por Lu Sudré, do Brasil de Fato.

Quatro dias de oficinas, seminários, debates, trocas e reflexões sobre a importância da produção de uma alimentação saudável. Assim foi a 18ª Jornada de Agroecologia, que se iniciou no dia 29 de agosto e terminou neste domingo (1º).

Mais de cem agricultores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e, principalmente, dos assentamentos e cooperativas do estado do Paraná, participaram da Feira da Agrobiodiversidade que ocupou a praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense.

A estimativa é que mais de dez mil pessoas tenham participado do evento como um todo. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foram comercializados aproximadamente 15 toneladas de alimentos agroecológicos como hortaliças, raízes, frutas, legumes e laticínios.

Segundo Naiara Bittencourt, da Terra de Direitos, uma das 69 organizações que realizaram a Jornada, o grande número de participantes evidencia como o evento fortaleceu o diálogo entre o campo e a cidade sobre a importância de uma alimentação saudável.

“Pudemos perceber que os trabalhadores da cidade conversavam com os feirantes, queriam saber da onde vinha aquele produto, como ele era produzido, qual a relação que se tinha com aquele alimento. As pessoas participaram de muitas oficinas sobre agrotóxicos, um debate que congrega os trabalhadores do campo e da cidade”, destaca.

Bittencourt complementa que a edição da Jornada de Agroecologia esse ano foi diferenciada porque, pela segunda vez, foi realizada na capital. As edições anteriores aconteceram em outros municípios de Curitiba.

Estar no centro do estado potencializou a troca entre os trabalhadores urbanos e os agricultores. “Os camponeses trouxeram sua diversidade de cores, de sabores, de culturas e mostraram para o consumidor, pro trabalhador da cidade, que é possível um outro modelo de agricultura que seja sustentável e respeite as relações ambientais e sociais”.

Ela destaca que na atual conjuntura política do país, essa unidade é essencial pois, tanto o campo quanto a cidade, sofrem a ofensiva de um projeto que pretende retirar direitos, desmontar relações de trabalho e ferir a soberania nacional.

A Feira da Agrobiodiversidade aconteceu na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba (Foto: Vanessa Nicolav)

Além da imensa variedades de produtos, mais de 25 apresentações culturais ocorreram durante a Jornada.

Armelindo da Rosa, do setor de produção do estado do Paraná do MST, elogia o sucesso de vendas da feira. Ele também avalia que, por meio do diálogo, bandeiras erguidas pela Jornada, como o repúdio ao uso dos agrotóxicos e transgênicos, foram muito bem recebidas.

“A nossa pauta vem ganhando espaço, vem ganhando força diante dessa conjuntura. Comparando com ano passado, foi bem mais leve. Muitas pessoas vieram, tivemos espaços em meios de comunicação que não tivemos em outros momentos. De fato, a pauta da produção dos alimentos, da defesa da natureza, dos cuidados com a vida, vem ganhando força”, comemora.

Durante o ato de encerramento da Jornada neste domingo, os agricultores leram uma carta reafirmando a resistência popular contra os atuais retrocessos protagonizados contra Bolsonaro, contra o agronegócio e a enorme quantidade de agrotóxicos liberados em ritmo sem precedente: Em apenas oito meses de governo, 290 novas substâncias tóxicas foram registradas.

“A Jornada é um processo permanente e contínuo de trocas de saberes: no cultivo da terra, no semear da agrobiodiversidade e no cuidar da água, na colheita da soberania alimentar, no uso das plantas medicinais e terapias naturais, nas escolas do campo, nos conhecimentos dos guardiões e guardiãs das sementes e na ciência cidadã. É uma construção de projeto popular soberano, com arte, cor, sabor, amor, cultura, poesia e alimento saudável”, afirma a Carta da 18ª Jornada da Agroecologia.

Edição: Daniela Stefano

FESTA DA REFORMA AGRÁRIA: 22 Anos de Lutas e Conquistas do Assentamento 8 de Junho no Paraná

Entre abertura, almoço e matinê passaram pela festa aproximadamente duas mil pessoas que comemoraram com as famílias esse dia tão especial.

Por Jaine Amorin

No último domingo (09/06), reunindo aproximadamente duas mil pessoas, o Assentamento Oito de Junho, localizado no município de Laranjeiras do Sul, região centro do estado do Paraná, comemorou seu 22º aniversário com a já tradicional e grandiosa festa da reforma agrária.

Mística de abertura/ Foto: Jaine Amorin

Com o objetivo da partilha e de confraternizar a resistência da luta pela terra, a comemoração ocorre todos os anos no domingo mais próximo ao dia 8 de Junho. Na programação, no mesmo molde dos anos anteriores, iniciou com uma mística que retrata um pouco da história do assentamento relacionada a conjuntura atual, esse ano foi abordado questões ambientais e a importância que a reforma agrária tem para a construção de um Brasil mais sustentável.

“É uma importante celebração para a vida em comunidade. Tem uma grande participação das famílias nos preparativos da festa, tanto nas doações, como nos serviços”, afirma Ivo Amorin, da coordenação do assentamento.

Em seguida, foi realizado o ato político social que teve a presença de Darci da Silva, da coordenação do assentamento, Elemar Cezimbra, representando a Via Campesina, o vice-reitor Antonio Andrioli representando a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Deputado Estadual Professor Lemos (PT).

Almoço servido gratuitamente para cerca de 1200 pessoas/ Foto: Jaine Amorin

Almoço servido gratuitamente/ Foto: Jaine Amorin

Após o ato, foi servido para cerca de 1200 pessoas o almoço feito e doado pelas famílias do assentamento. O cardápio contou com 670kg de carne de gado, porco e frango, além de arroz, mandioca, batata, saladas de tomate, chuchu e repolho, e panificados. Animação da tarde foi com a banda Mil e Uma Noites.

Amorin ainda ressalta a importância da integração entre campo e cidade e a participação de outras comunidades e assentamentos.

“Essa integração nossa com a cidade demonstra que a reforma agrária dá certo. É muito importante para nós do assentamento poder celebrar junto com pessoas de diversos ramos  sociais, que participam porque gostam do nosso assentamento, é um motivo de muita alegria a participação das famílias da cidade, de comunidades vizinhas e de outros assentamentos”, disse o assentado.

22 Anos de lutas e conquistas

O assentamento teve origem do acampamento montado às margens da BR 158, no dia 8 de Junho de 1997, com 17 famílias organizadas pelo MST com objetivo de ocupar a fazenda Rio Leão. Em pouco tempo o espaço passou a contar com cerca de 240 famílias, e ocupou a fazenda em janeiro de 1998.

As famílias resistiram aos dias ensolarados de verão e durante os rigorosos invernos embaixo da lona preta até a conquista definitiva da área no ano de 2001, onde começaram a construir seus lares em terras que puderam passar a dizer que eram suas.

O assentamento foi formado com 74 lotes até o ano de 2009, quando três lotes foram cedidos para a instalação de um dos campus da UFFS, uma grande conquista dos movimentos sociais da região Sul do Brasil, sendo o primeiro campus de Universidade Federal dentro de um assentamento de reforma agrária.

Após essa conquista o assentamento passou a ter 71 lotes e atualmente com mais de 100 famílias, contando filhas e filhos de assentados que formaram famílias e hoje moram no lote com os pais.

Durante esses anos várias estruturas foram formadas no assentamento, como a cooperativa de panificados, COPERJUNHO, que fornece alimentos para as escolas municipais e estaduais da cidade de Laranjeiras do Sul, barracão de festa, ginásio esportivo, campo de futebol, e está em construção a escola municipal do campo e o laticínio regional que irá agregar valor ao leite produzido nas áreas de assentamentos da região.

Além das conquistas estruturais que se formaram ao longo desses anos, o assentamento comemora muito mais do que uma área reformada, comemora a reforma agrária popular, que não apenas divide uma terra, que também cria condições de vida, como moradia, trabalho, cultura e lazer, em uma comunidade que vive realmente em comunidade, buscando sempre o bem comum.

Ornametação/ Foto: Jaine Amorin

Movimentos camponeses ocupam espaços da UFFS com o debate da Reforma Agrária

MST e UFFS inauguram a realização da sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária – JURA.

Por Jaine Amorin

Nos dias 20 e 21/03, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, realizaram a sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), no campus de Laranjeiras do Sul/PR.

Fotos: Jaine Amorin e Juliana Bavuzo

É necessário que os movimentos sociais camponeses ocupem os espaços nas universidades. Com esse objetivo foi criada as JURA’s, hoje realizadas em todas as regiões do Brasil, debatendo a Reforma Agrária no meio acadêmico e apresentando o que vem sendo construído pelos movimentos do campo.

O professor doutor Bernardo Mançano Fernandes, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), explica um pouco sobre o objetivo das Jornadas: “É tentar levar para dentro da academia aquilo que os movimentos camponeses, socioterritoriais, como o MST, Via Campesina, e outros, estão fazendo, estão construindo (…). Nessa construção nós temos atividades culturais, nós temos debates sobre os conflitos e disputas territoriais, feiras agroecológicas”.

 

Mançano conta que existem vários projetos sendo desenvolvidos, mas ressalta que muitas questões ainda não foram respondidas. “Temos um conjuntos de demandas de projetos de pesquisa que estão em desenvolvimento, mas ainda temos uma série de questões não respondidas”. Através das questões não respondidas se dá a contrapartida da universidade para os espaços de Reforma Agrária. “Nós também aproximamos os acadêmicos desses territórios, no sentido de que esses acadêmicos possam se interessar pelas pesquisas”, completa.

Com o objetivo de atender as demandas da Região de Fronteira Sul do Brasil, a UFFS é resultado da luta dos movimentos sociais camponeses, junto a sindicatos e demais movimentos, pela interiorização das universidades. Nessa luta destaca-se esse campus, construído dentro de um território de Reforma agrária, sendo único campus de universidade Federal localizado em um assentamento que leva o nome de 8 de Junho, organizado pelo MST.

Programação

Fotos: Jaine Amorin e Juliana Bavuzo

A 6ª JURA iniciou na noite do dia 20/03, com a presença do professor Bernardo Mançano Fernandes, que trabalhou o tema “As territorialidades da Reforma Agrária”. Na manhã do dia 21/03, Mançano deu sequência na sua participação com a plenária “O MST e o Território da Reforma Agrária na Região Centro do Paraná”, que contou com a participação dos membros do MST Jaqueline Baim, Juliana Cristina, Jaine Amorin e Luis Carlos Costa, que explanaram sobre a organicidade do MST a partir dos setores e coletivos organizados na região.

Evento contou com a exposição e comercialização de diversos produtos da reforma agrária, alimentos in natura, processados, panificados e artesanatos.

Também foi marcado pela presença do Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB, Movimentos do Pequenos Agricultores – MPA e Indígenas.

Unidade Pedagógica do CEAGRO recebe certificação orgânica

Por Leonardo Xavier

Foto: Arquivos Ceagro

Unidade Pedagógica do Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (CEAGRO),  situada no assentamento Ireno Alves, em Rio Bonito do Iguaçu-PR. Unidade conhecida como “Vila Velha”, nome que é dado devido ao fato de situar a antiga cidade onde moravam os trabalhadores que construíram a usina hidrelétrica Salto Santiago.

O espaço da Unidade de Formação está hoje cercado pela Reserva Legal do Assentamento Ireno Alves e está muito próximo ao alagado formado pela usina. Uma área onde se tem um contato próximo com a natureza e a biodiversidade local, sendo portanto um lugar privilegiado para realizar a produção de alimentos saudáveis, baseando-se nos princípios da Agroecologia.

No dia 28 de fevereiro de 2019, a Unidade recebeu a visita dos conselheiros de ética do núcleo Luta Camponesa, ligado à Rede Ecovida de Agroecologia, que realiza a certificação orgânica através do Sistema Participativo de Garantia (SPG). O objetivo é aplicar e aprimorar técnicas de produção que estejam em sintonia com a natureza e com a saúde das pessoas que frequentam a unidade, disponibilizando alimentos orgânicos para estudantes, professores e visitantes.

BUSCA POR FORTALECIMENTO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ESCOLAS DO CAMPO GERA PARCERIA ENTRE A ORGANIZAÇÃO PÃO PARA O MUNDO (ALEMANHA), ASSESOAR, CEAGRO E UFFS

Texto: Thaile C. L. Vieira
Fotos: Arquivo CEAGRO

Na tarde da última quinta-feira (22), ocorreu na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul a cerimônia de anúncio da parceria entre a organização Pão Para o Mundo (Alemanha), a Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), o CEAGRO (Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia ) e a UFFS, para o financiamento do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas, ofertado no Campus Laranjeiras do Sul.

Vila Velha - CEAGRO

Vila Velha – CEAGRO

O curso teve início em 2014 e ocorre em Regime de Alternância, que se divide entre o tempo universidade (período em que as turmas permanecem em tempo integral, com aulas no CEAGRO e na Universidade, realizando as atividades acadêmicas do curso) e o tempo comunidade (período em que os estudantes voltam para suas comunidades de origem para realizar atividades, projetos, estágios do curso).

As etapas do tempo universidade acontecem nas dependências da unidade educacional do CEAGRO, na Vila Velha, em Rio Bonito do Iguaçu.

O apoio fornecido com essa nova parceria, que agora a Assesoar passa a integrar, refere-se a subsídios para pagamento das despesas de alimentação e hospedagem, durante as etapas do tempo universidade, que acontecerão no CEAGRO e na Assesoar, em Francisco Beltrão.

O ato contou com a presença de Cristiane Katzer, da Direção Executiva da Assesoar; Thaile C. Lopes Vieira, da coordenação do CEAGRO; Antônio Inácio Andrioli, o Reitor da UFFS, em exercício; Janete Stoffel, Diretora do Campus Laranjeiras do Sul; Fábio Zeneratti, Coordenador do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas; Jhony Alex Luchmann, Coordenador do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA); além de professores, técnico-administrativos e estudantes do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas da UFFS e representantes da comunidade regional.

O projeto de apoio “Formação de Professores em Escolas do Campo” (aprovado pela Organização Pão Para o Mundo) visa contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da formação de professores em escolas do campo, na perspectiva da educação popular, da agroecologia e do desenvolvimento multidimensional sustentável.

Sobre o Curso

O Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas (Licenciatura) tem como objetivo formar educadores comprometidos com o desenvolvimento educacional, cultural, social e econômico dos povos do campo, para atuação prioritária em escolas do campo nas áreas de Ciências Sociais e Humanas. Os licenciados nesta área estarão capacitados para promover a relação entre o ensino das ciências sociais e humanas no contexto (físico, geográfico, cultural e econômico) do campo brasileiro, especificamente suas configurações relacionadas à concepção da Educação do Campo. Tem como objeto de atuação a escola de educação básica do campo, com ênfase na construção da educação escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Pretende graduar e habilitar profissionais na educação fundamental e média que ainda não possuem a titulação mínima exigida pela legislação educacional em vigor, quer estejam em exercício nas funções docentes ou atuando em outras atividades educativas não escolares junto às populações do campo. Sendo assim, o curso tem a intenção de preparar educadores para uma atuação profissional que vai além da docência, dando conta da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno.

Mais informações em:

https://www.uffs.edu.br/campi/laranjeiras-do-sul/noticias/assesoar-e-pao-para-o-mundo-anunciam-financiamento-de-bolsas-para-estudantes-do-curso-interdisciplinar-em-educacao-do-campo-ciencias-sociais-e-humanas

Conheça mais sobre:

Organização Pão Para o Mundo, em: https://www.brot-fuer-die-welt.de/pt/pao-para-o-mundo/

Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural – ASSESOAR, em: http://assesoar.org.br

Edição: Jaine Amorin

PARCERIA ENTRE CPT E CEAGRO INICIA OS TRABALHOS PARA CONSTRUÇÃO DE GRUPOS DE REFERÊNCIA EM SAF’S NO MATO GROSSO DO SUL

Com o objetivo de construir Grupos de Referência em Sistemas Agroflorestais (SAF’s), no Assentamento Nazareth, Município de Sidrolândia/MS, o CEAGRO em conjunto com a Comissão Pastoral da Terra – CPT e as famílias do

Assentamento, estão facilitando processos de ensino e aprendizagem sobre SAF’s. Esse processo está sendo baseado no método desenvolvido pelo CEAGRO para a construção da Agroecologia nos Territórios da Cidadania Cantuquiriguaçu e Paraná Centro.
Neste ano de 2018 foram realizadas duas atividades no Assentamento Nazareth, uma no início de setembro e outra no final de outubro. Nelas participaram mais de 50 famílias e até o momento foram conquistadas as seguintes vitórias:
– Fortalecimento de cinco grupos de referência em SAF’s;
– Resgate e promoção dos mutirões, com ênfase nos sistemas agroflorestais, como método de ensino e aprendizagem em SAF’s;
– Implantação de 30 SAF’s com foco na soberania e segurança alimentar e nutricional das famílias;
– Criação, de forma participativa, de uma ferramenta para implantação, manejo e monitoramento dos SAF’s ;
– Sensibilização do público beneficiário do que é Agroecologia, sobretudo no que tange as principais ferramentas das dimensões técnico-produtivas, socioeconômica e política.
A parceria entre CPT e CEAGRO será de dois anos e é resultado do projeto “Tembiu Porã: Produção de Alimentos Saudáveis em ambiente de Reforma Agrária e de Retomadas de Terras Indígenas Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul”, onde a CPT é a proponente com apoio da organização alemã MISEREOR.

SEMINÁRIO DE PRODUÇÃO DO PDA É REALIZADO NOS ACAMPAMENTOS EM QUEDAS DO IGUAÇU/PR

Por Luis C. Costa

Na ultima quinta (27/09), o CEAGRO promoveu o Seminário: “Planejando a produção do nosso assentamento”, realizado no acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu. As famílias do acampamento Vilmar Bordin também participaram. O evento faz parte das ações desenvolvidas no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA) que está sendo realizado nas duas áreas.

Com a colaboração de Adalberto Martins, membro do MST do Rio Grande do Sul e doutor em Geografia Agrária, a atividade promoveu o debate sobre a organização da produção e a importância do planejamento dos lotes e do assentamento como um todo, considerando aspectos como a diversificação das culturas, a cooperação para a produção, agroindustrialização e comercialização, dentre outros. O debate foi subsidiado pela apresentação dos resultados do diagnóstico feito com todas as famílias acampadas, que trouxe uma caracterização do contexto produtivo, como os principais cultivos de interesse das famílias, as necessidades de capacitação técnica e experiência na agricultura.

Dentre os dados que chamaram a atenção estão a grande diversidade de cultivos pretendidos, a preferência das famílias pela produção orgânica e agroecológica e a preocupação com o autoconsumo.O seminário deu início à terceira fase do PDA, onde serão realizados seminários temáticos para debater as questões levantadas na fase de diagnóstico. Dentre os temas dos seminários estão infraestrutura, educação, saúde, gênero, juventude, história e memória.

O PDA, que teve início em junho desde ano, é autogestionado pelas famílias acampadas com assessoria do CEAGRO e visa construir de forma participativa um plano detalhado abordando os aspectos sociais, econômicos e ambientais do futuro assentamento, desde o formato e divisão dos lotes até a projeção de demanda e localização das escolas, aparelhos comunitários e instrumentos de comercialização da produção, dentre outros.

Edição Jaine Amorin

Seminário Regional de Produção, Cooperação e Meio Ambiente

Na última quinta-feira (30), o CEAGRO promoveu o Seminário Regional de Produção, Cooperação e Meio Ambiente, realizado no centro comunitário do Assentamento 8 de Junho, em Laranjeiras do Sul.
Por Jaine Amorin
Revisão Luis C. Costa

O evento contou com a participação de agricultores e agricultoras dos grupos agroecológicos, associações e cooperativas dos assentamentos e acampamentos da região centro do Paraná.

Na parte da manhã, o representante da Cooperativa Central de Reforma Agrária do Paraná, Armelindo da Maia, conduziu o debate abordando elementos da conjuntura agrária e os desafios para o desenvolvimento da agricultura familiar, agroecologia e intercooperação. Na sequência, Mirian Kunrath, do Coletivo Regional de Mulheres e Setor de Gênero do CEAGRO e Juliana de Mello do Coletivo Regional de Juventude abordaram o papel das mulheres e dos jovens na construção da Agroecologia. Já no período da tarde foram realizadas assembleias do CEAGRO e da cooperativa de crédito CREHNOR. O dia foi encerrado com um trabalho em grupos com o objetivo de debater os desafios da construção da agroecologia na Região.

 

𝐅𝐨𝐫𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐔𝐅𝐅𝐒 – 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐮𝐬 𝐄𝐫𝐞𝐜𝐡𝐢𝐦 𝐫𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐦 𝐞𝐬𝐭á𝐠𝐢𝐨 𝐧𝐨 𝐂𝐄𝐀𝐆𝐑𝐎

Por Luis C. Costa

Três estudantes do curso de Agronomia do campus de Erechim/RS da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS escolheram o CEAGRO para realização de seus estágios de conclusão de curso. Entre agosto e outubro os jovens Bruno da Silva Rodrigues, Douglas Knopf de Lima e Jefferson Tomalaque Pereira estão acompanhando o trabalho da equipe técnica do CEAGRO e desenvolvendo diversas atividades relacionadas especialmente à agroecologia e ao cooperativismo. Os estudantes também participam de atividades desenvolvidas por organizações parceiras, como a Rede Ecovida de Agroecologia, onde podem acompanhar todo o processo de certificação participativa da produção orgânica das famílias e grupos produtivos vinculados à Rede. Além do interesse nos temas trabalhados pelo CEAGRO, o que também motivou a escolha dos futuros engenheiros agrônomos foi a possibilidade de se aprofundarem nos desafios e potencialidades da região. Embora estudem no Rio Grande do Sul, os três vivem nas redondezas: Bruno é de Quedas do Iguaçu, Douglas de Goioxim e Jefferson de Reserva do Iguaçu.
Além da UFFS, com a qual o CEAGRO possui convênio para concessão de estágios há vários anos, há parcerias com outras instituições de ensino. A estudante de Administração Kelli D.P. de Souza, do Centro Universitário UNINTER também iniciou seu estágio neste mês e acompanhará as atividades com enfoque na gestão, administração e planejamento até julho de 2019. No primeiro semestre de 2018, o agora médico veterinário Marco Antônio Fragata, da Universidade Federal de Pelotas, também finalizou seu curso com o estágio nessa instituição.

Revisão e Edição Jaine Amorin

𝐂𝐄𝐀𝐆𝐑𝐎 𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐀𝐠𝐫𝐨𝐟𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐧𝐨 𝐌𝐚𝐭𝐨 𝐆𝐫𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐮𝐥

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) Regional Mato Grosso do Sul e o CEAGRO firmaram parceria para implantação e manejo de sistemas agroflorestais (SAF’s). As atividades acontecerão no Assentamento Nazareth, localizado na cidade de Sidrolândia-MS e na Reserva Indígena Guarani e Kaiowa de Tey’iKue, município de Caarapó-MS.
O trabalho terá como base a metodologia desenvolvida pelo CEAGRO na promoção de Grupos de Referência em SAF’s, junto às famílias assentadas da reforma agrária e agricultores familiares, nos Territórios Cantuquiriguaçu e Paraná Centro. O objetivo da parceria é promover a soberania alimentar e ampliar a renda das famílias, bem como fortalecer a conservação dos agroecossistemas do assentamento Nazareth e da Aldeia Tey’iKue.
A parceria entre CPT-MS e o CEAGRO terá duração de dois anos. Ela é resultado do projeto “Tembiu Porã: Produção de Alimentos Saudáveis em ambiente de Reforma Agrária e de Retomadas de Terras Indígenas Guarani e Kaiowáno Mato Grosso do Sul”, onde a CPT-MS é a proponente com apoio financeiro da organização alemã MISEREOR.